A história de Moçambique é dividida em três períodos para facilitar os estudos: o Período pré-colonial, a penetração colonial e a luta pela independência.
- Período Pré-Colonial
Inicialmente, no território moçambicano, haviam bosquímanos e caçadores que eram povos primitivos. Em 200/300 DC, as grandes migrações dos povos Bantus, originados dos Grandes Lagos, vieram das regiões oeste e norte da África e seguiram para o planalto e áreas costeiras do país. Esses povos estabeleceram comunidades e associações agrícolas.
- Penetração Colonial
No século XV, Pêro da Covilhã foi o primeiro português a estabelecer relações comerciais com os povos da região. Logo notou que esta terra era propícia aos interesses portugueses, pois apresentava uma rota estratégica no caminho marítimo para a Índia. Em sequência, Vasco da Gama foi para o país, intensificando esta rota, principalmente em Sofala e na Ilha de Moçambique, onde foram criadas as primeiras fortalezas. O objetivo era o comércio.
Anos mais tarde, os portugueses penetraram para o interior onde estabeleceram algumas feitorias. Os produtos mais comercializados na época eram o marfim e o cobre. E ainda havia uma tentativa em encontrar ouro.
Quando encontraram ouro no país, portugueses dominaram o acesso à areas produtoras do ouro. Esta fase de penetração foi designada de “fase do ouro”. Depois houve as fases do marfim e dos escravos.
O comércio de escravos se manteve mesmo após a abolição da escravatura na Colônias, em 1889. “(...) calcula-se que entre 1780-1800 tenham sido exportados de Moçambique em média anual, entre 10 a 15 mil pessoas e, em 1800-1850 a média anual tenha atingido cerca de 25 mil”, segundo relato do livro de Siliya.
A colonização efetiva de Moçambique só iniciou com o advento da Conferência de Berlim (1884/1885), quando Portugal foi forçado a realizar a ocupação afetiva. Dada Dada à incapacidade militar e financeira portuguesa, a alternativa encontrada foi o arrendamento da soberania e poderes de várias extensões territoriais a companhias majestáticas e arrendatárias. A ocupação desses territórios e desumano processo de mercantilização dos negros impulsionaram revoltas internas no país.
A ocupação colonial não foi pacífica e os moçambicanos impuseram sempre lutas de resistência. Na prática a chamada pacificação de Moçambique pelos portugueses só se deu no já no séc. XX.
- A Luta Pela Independência
Com a opressão do fascismo português, o povo moçambicano foi obrigado a pegar em armas e lutar pela independência. A luta de libertação Nacional, foi dirigida pela FRELIMO (Frente de Libertação de Moçambique). Esta organização, foi fundada em 1962 através da fusão de três: a UDENAMO (União Nacional Democrática de Moçambique), MANU (Mozambique African National Union) e a UNAMI (União Nacional de Moçambique Independente).
Depois de mais de quatro séculos de domínio português, a FRELIMO iniciou a Guerra de Libertação ou, como também é conhecida, a Luta de Libertação Nacional, que durou dez anos, conquistando a independência em 25 de junho de 1975.
Após apenas dois anos de independência, o país entrou em uma guerra civil intensa que ocorreu de 1977 a 1992. O partido no poder, a Frente de Libertação de Moçambique (FRELIMO), e as forças armadas moçambicanas eram contrários a Resistência Nacional Moçambicana (RENAMO), que recebia financiamento da Rodésia e África do Sul. Durante o conflito, cerca de um milhão de pessoas morreram em combates e crises de fome. Além da destruição de muitas infra-estruturas econômicas. Porém, com a assinatura dos Acordos Gerais de Paz entre a o Governo da FRELIMO e a RENAMO, em 1992, o país realizou as suas primeiras eleições multipartidárias, em 1994, e manteve-se como uma república presidencial relativamente estável desde então.
Acordo geral da paz |
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